Negociação pelo reality The Voice na Globo esbarra em impasse

quinta-feira, 26 de maio de 2011


Começaram formalmente nesta semana as negociações entre a Globo e a Talpa Productions, produtora do holandês John De Mol, pelos direitos de produção no Brasil do reality show The Voice. John De Mol criou o formato de Big Brother.

Sensação nos Estados Unidos, onde é a maior audiência da rede NBC, The Voice traz quatro jurados (Christina Aguilera, Cee Lo Green, Adam Levine e Blake Shelton) escolhendo ou eliminando calouros de costas, sem vê-los. Depois, os jurados se tornam técnicos dos participantes escolhidos por eles.

Ontem, a Globo recebeu a visita do holandês Maarten Meijs, diretor da área de distribuição internacional da Talpa. E já surgiu o primeiro impasse.

A Talpa quer impor à Globo o mesmo modelo de produção que estabeleceu nos EUA, onde se associou a uma produtora local (de Mark Burnett, criador de Survivor) e não à rede NBC.

A Globo não quer esse modelo. Quer ela mesmo produzir o programa, sem a o intermédio de uma produtora independente ou associada.

A Talpa também apresentou um pacote completo, que inclui a Universal Music. Ou seja, se o reality show vingar, o vencedor terá um CD lançado pela Universal, e não pela Som Livre, braço fonográfico da Globo.

Os empecilhos, no entanto, não significam que a negociação não vá avançar. Em 2001, John De Mol, na época dono da Endemol, fez as mesmas exigências para produzir Big Brother Brasil. E, após entrar em conflito com o SBT (que lançou Casa dos Artistas), cedeu à Globo.

Na época, Globo e Endemol criaram uma empresa no Brasil, a Endemol Brasil, com 50% de ações de cada grupo, mas a produção ficou totalmente sob controle da emissora da família Marinho.

Blogs Daniel Castro

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